A aceitação de si mesma

   E aí galera? Tudo certo?

   O post de hoje vai ser tipo uma auto-ajuda okay? (Eu também vou contar o que fiz pra aceitar meu corpo).

   Bom, vamos começar.

   Certo. Digamos que nunca fui do tipo magra. Nunca mesmo. Sempre fui gordinha e com oito anos eu já pesava 46kg. Era difícil a escola e o terceiro ano foi o pior. O terceiro ano foi o ano das paixonites. Todas aquelas menininhas magrinhas da escola estavam arranjando o seu namoradinho, do tipo que você da a mão e diz que está namorando. Nessa época eu sonhava ser uma delas. Todos os meninos diziam em voz alta que ela era a menina mais bonita da escola e todos queriam namorar com ela, inclusive o menino que eu gostava. Ela era magrinha, usava roupas coladas, tinha um cabelo loiro natural brilhante e olhos claros. A minha sorte foi um dia conseguir amizade com ela. Embora todas as meninas tivessem inveja dela e talz, eu não tinha. Eu andava ao lado dela e dizia de como eu queria ser ela pra ela mesmo. Ela dizia que aquilo era bobeira minha e que eu era linda do jeito que eu era, e hoje até acho que eu devia tê-la escutado. 
   Quando os meninos chegavam perto dela, falando coisas bonitas, ela dava um pisão bem no meio da cara (verbalmente, claro) que poderia fazer qualquer menino chorar. Fiquei tão triste um dia em que estávamos todas juntas, muitas meninas, sentadas na grama do parquinho da escola e o menino que eu gostava veio falar com ela. Eu sabia muito bem que ela não gostava dele, mas quando ele chegou ela conversou com ele numa boa, então eu entrei no meio dos dois. Sim. EU entrei no meio dos DOIS. Daí eu disse: "Willians (era o nome dele) a Millena (era o nome dela) não gosta de você então para de vir tentar algo com ela que não vai conseguir nada tá?" Daí, senti que não deveria ter feito aquilo. Ele olhou pra mim com aquelas bochechas cheias de sardinhas e disse: "Sai da frente baleia orca, eu tô tentando conversar com ela e você fica entrando no meio? Deixa que ela diz se quer falar comigo ou não, até porque, baleia não fala." Aquilo doeu no fundo do meu coração. Eu comecei a chorar mas não quis mostrar. As lágrimas infelizmente escorregaram antes que eu pudesse sentar e tampar a cara, daí ele se sentiu meio culpado... Ele disse: "Desculpa... É que eu queria conversar com ela..." Daí a Millena sentou ao meu lado e disse: "Isa, o que eu já disse pra você? Você é linda do jeito que é. Não tem que ouvir o que os outros dizem, apenas seguir e fazer o que tiver que ser feito. Você sabe que tá um pouquinho acima do peso (um pouquinho? É sério?) mas nada que uma dieta não resolva. E mais, lá na frente, quando você tiver com aquele corpão e acima de tudo magra, você vai sambar na cara das inimigas e dos inimigos também. Todos vão ter inveja de você, e daí lá na frente você vai lembrar do que eu te disse... Não precisa ficar chateada com o que qualquer um diz. Sabe, ser gordinha, tecnicamente não é um problema, só de saúde, então não fica triste."

   Daí no dia seguinte comecei a fazer dieta... muitas dietas, diferentes, mas daí que me toquei. Eu não precisava de mais nenhuma dieta porque eu já estava pesando 38 e estava tão magra quanto qualquer outra garota...

   Se você também está assim como eu estava, não se preocupe. Tome em base todas aquela palavras da Millena e vá em frente.